Grande símbolo da resistência cultural do país, a capoeira é uma das práticas realizadas pelo polo de Goitacazes na associação Bem Faz Bem e foi foco de emocionante evento no último sábado (21) com a troca de cordas dentro do Projeto Aprender Faz Bem – patrocinado pelo CMPDCA.
Crianças, adolescentes, colaboradores, familiares e mestres da prática puderam compartilhar deste momento que representa mais um ciclo completo da vida dos alunos.
-Todos ficamos imensamente gratos com a presença e apoio de todos. Nossa gratidão também vai para os mestres que enriqueceram essa festa com conhecimento e energia, além da equipe da Bem Faz Bem e uma agradecimento especial ao Mestre Curupira pela dedicação, carinho e por conduzir nossos capoeiristas com tanto cuidado e inspiração – enfatizou o presidente da Associação Bem Faz Bem, Erivelton Almeida.
Este ano, a unidade de Ururaí também passou a contar com aulas de capoeira, através do patrocínio do Supermercado Siqueirão.
Parceria de mais de 10 anos
Graduado Curupira, Leon Denir lembra que a parceria com a Bem Faz Bem existe há 10 anos, sendo a prática da capoeira uma das primeiras atividades a serem desenvolvidas na Associação Bem Faz Bem.
Segundo ele, ‘isso traz muito orgulho pela grandeza de sua história e representatividade no território’.
Leon Denir destaca, ainda, que a presença da prática na associação é crucial porque amplia o alcance e permite atingir um público mais amplo, oferecendo uma atividade atrativa e inclusiva. Fortalece vínculos e cria laços mais estreitos entre o professor e as crianças e adolescentes, além de gerar impacto social, contribuindo para a transformação de territórios e a promoção da cultura e cidadania.
-A capoeira complementa outras ações já que integra outros saberes, potencializando os resultados educacionais e culturais. Em resumo, a capoeira é uma ferramenta valiosa para o desenvolvimento integral de crianças e jovens. Em 2014, a prática foi reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Para nossas crianças, adolescentes e jovens, a capoeira é muito mais do que um esporte, é uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento integral, abrangendo aspectos físicos, motor, sociais, emocionais e cognitivos- destaca
Troca de Cordas
O batizado e troca de cordas é o ápice da capoeira na Bem Faz Bem, explica Leon Denir. É onde culmina todo esforço e dedicação dos alunos e o mesmo recebe sua graduação das mãos de um instrutor, professor ou mestre convidado.
-A troca de corda quer dizer que o aluno completou um ciclo e está apto a inciar mais um novo ciclo, a cada corda conquistada vem junto novos desafios e responsabilidades tais como: participar de atividades dentro e fora da associação, inciar e aperfeiçoar novas habilidades como tocar instrumentos como o berimbau, pandeiro, atabaque e o agogô. (Instrumentos tradicionais da capoeira), além de cantar, e apurar técnicas avançadas- pontua.
Ele lembra, ainda, que este ano 32 alunos participaram do evento.
-Para o ano que se aproxima nossa meta é realizar um encontro internacional com a presença de Capoeiristas da Europa para a realização de mais uma edição do evento e ampliação cultural com trocas de conhecimentos e crescimento das nossas crianças e adolescentes- adianta.